Artigo nº 216 do Sapientíssimo irmão Barbosa Nunes a ser publicado no sábado, dia 04 de abril, no Diário da Manhã de Goiás.
Nesta Semana Santa em que deveríamos viver momentos de profunda meditação e recolhimento sobre quem mais influenciou a história, em decorrência do seu ministério, há 2 mil anos, resistindo, sofrendo, cumprindo sua Via Sacra, para ressuscitar no domingo de Páscoa, louvo o mestre dos mestres, lendo mais uma vez o livro “Jesus, o maior psicólogo que já existiu”, do terapeuta Mark W Baker, Editora Sextante. Obra que traduz os ensinamentos de Cristo que podem nos ajudar a resolver os problemas do cotidiano e aumentar a nossa saude emocional, mostrando que esta sabedoria comprovada pelo tempo, pode nos ajudar a lidar com nossos sentimentos e relacionamentos, tendo em mente o amor e a harmonia.
Além disso, podemos descobrir como sobreviver aos sofrimentos e as tristezas, buscando a serenidade, diferenciando a culpa verdadeira da falsa, com humildade, parando de viver no passado.
Com muita fé e certeza esta Via Sacra de sofrimento que o povo brasileiro percorre, haverá de ter um fim, com o renascimento de um país habitado por governantes honestos.
Por não estarmos abandonados pela pátria irmã, que é a pátria espiritual, é que com a proteção e orientação Divina, novos caminhos encontraremos. Por isto, quero neste artigo louvar Jesus Cristo e cantar para ele, pedir a sua intercessão, que nos livre das expectativas tristes que estão se apresentando, sobretudo, na redução do exercício sagrado do trabalho para o povo brasileiro. Estimativas alarmantes projetam para o final de 2015, mais 1 milhão e duzentos mil brasileiros desempregados.
Faço desta poesia, cantada por Lauriete, a minha primeira oração:
“Neste verde país que vivemos, Hoje, infelizmente, nós vemos a miséria em vários lugares por causa do homem, Se a gente parar pra pensar, É difícil de acreditar que nessa terra de tanta fartura, milhões passam fome.
Nessa terra de prata e ouro, recheada de tanto tesouro, É difícil ouvir as notícias e não chorar, Pois os homens sem pena se matam, se machucam, se ferem, maltratam. É preciso pintar outro quadro, é preciso mudar.
Meu país, eu queria te ver sem maldade, sem violência, Meu país, eu queria que os homens usassem mais a consciência, Mas eu sei que é impossível o homem ter paz sem deixar Deus reinar, É preciso procurar a Luz, se abraçar com o Homem da Cruz, é preciso colocar no peito, o Amor de Jesus”.
A minha segunda oração, está na música composta e interpretada por Zezé di Camargo, “Meu país”.
“Aqui não falta sol, Aqui não falta chuva, A terra faz brotar qualquer semente, Se a mão de Deus, protege e molha nosso chão, Por que será que tá faltando pão? Se a natureza nunca reclamou da gente, Do corte do machado, a foice, o fogo ardente.
Se nessa terra tudo que se planta dá, Que é que há, meu país? O que é que há?
Tem alguém levando o lucro, Tem alguém colhendo o fruto, Sem saber o que é plantar, Tá faltando consciência, Tá sobrando paciência, Tá faltando alguém gritar, Feito um trem desgovernado, Quem trabalha tá ferrado, Nas mãos de quem só engana, Feito mal que não tem cura, Estão levando a loucura, O país que a gente ama, Feito o mal que não tem cura, Estão levando à loucura, O Brasil que a gente ama”.
A terceira oração, na letra de Lúcio Barbosa, interpretada por Zé Ramalho, quando o sofrido pedreiro, que construiu prédios e escolas, neles não pode entrar e matricular sua filha, mas na simbólica casa de Jesus, ele é acolhido. Rezo e peço ao Mestre, não deixe que estes trabalhadores percam os seus empregos.
“Tá vendo aquele edifício moço, Ajudei a levantar, Foi um tempo de aflição, era quatro condução, Duas pra ir, duas pra voltar, Hoje depois dele pronto Olho pra cima e fico tonto, Mas me vem um cidadão, E me diz desconfiado “Tu tá aí admirado ou tá querendo roubar”.
Meu domingo tá perdido, vou pra casa entristecido, Dá vontade de beber, E pra aumentar meu tédio, Eu nem posso olhar pro prédio que eu ajudei a fazer.
Tá vendo aquele colégio moço, Eu também trabalhei lá, Lá eu quase me arrebento Fiz a massa, pus cimento, ajudei a rebocar, Minha filha inocente veio pra mim toda contente, “Pai vou me matricular”, Mas me diz um cidadão: “Criança de pé no chão aqui não pode estudar”.
Essa dor doeu mais forte, Porque que é qu’eu deixei o norte Eu me pus a me dizer, Lá a seca castigava, mas o pouco que eu plantava Tinha direito a colher. Tá vendo aquela igreja moço, onde o padre diz amém, Pus o sino e o badalo, enchi minha mão de calo Lá eu trabalhei também, Lá foi que valeu a pena, tem quermesse, tem novena E o padre me deixa entrar, Foi lá que Cristo me disse: “Rapaz deixe de tolice, não se deixe amedrontar Fui eu quem criou a terra. Enchi o rio, fiz a serra, não deixei nada faltar. Hoje o homem criou asas e na maioria das casas Eu também não posso entrar”.
Na quarta e última oração, canto e louvo o Mestre Jesus, na letra e música de Roberto Carlos.
“Olho pro céu e vejo uma nuvem branca que vai passando, olho na terra e vejo, uma multidão que vai caminhando, como essa nuvem branca, essa gente não sabe aonde vai, quem poderá dizer o caminho certo, é você meu Pai.
Toda essa multidão tem no peito amor e procura a paz, e apesar de tudo a esperança não se desfaz, olhando a flor que nasce no chão daquele que tem amor, olho pro céu e sinto crescer a fé no meu Salvador.
Em cada esquina eu vejo o olhar perdido de um irmão, em busca do mesmo bem.
Nessa direção caminhando vem, é meu desejo ver aumentando sempre essa procissão,
para que todos cantem na mesma voz essa oração.
Jesus Cristo, Jesus Cristo, Jesus Cristo, eu estou aqui!”