Boa parte da população ficou receosa com o Brasil sediar as Olimpíadas este ano. Um evento de grande porte como este, trás preocupações na mesma proporção. É fato que a situação política e econômica foram os principais desencadeadores dessa preocupação. Apesar disso os brasileiros, em boa parte, se entregaram ao espírito esportivo e toda a positividade que esse evento trás.
A vibração em cada jogo emana uma união e empatia que somente essas oportunidades proporcionam, sem falar que o patriotismo, que até então parecia enterrado, vem à tona, e todos torcem em uma só voz pelo sucesso do país. E vai além disso. A maioria das pessoas é tomada por muita condescendência com os outros países que vieram competir e assistir.
E então, o Brasil se tornou palco de uma série de acontecidos que encheram os corações de bons sentimentos. As Olimpíadas estão mostrando o melhor do ser humano. São inúmeras histórias de superação, como a jovem refugiada síria Yusra Mardini que nadou 3 horas em mar aberto para salvar sua vida, a da irmã e de mais 18 refugiados que fugiam da guerra. Ou o Etíope Robel Kyros Habte de 24 anos, que desafiou qualquer padrão por não ter o corpo ?em forma? como o dos outros competidores, ele ficou em último lugar na prova de natação, mas foi presenteado com uma série de aplausos que tomaram o Estádio Aquático e realizou o sonho de representar seu país e nadar entre os melhores.
O espírito olímpico trouxe até mesmo uma trégua de 63 anos conturbados entre a Coréia do Sul e a Coréia do Norte quando duas ginastas, Lee Eun-Ju e Hong Un-Jong deixaram a política de lado e pousaram juntas para uma selfie durante os treinos.