Artigo 318 do irmão Barbosa Nunes
Na missão que assumi de percorrer o Brasil Maçônico, muito me gratificou estar no centro-oeste do Estado de São Paulo, especificamente, em São Manuel, Pederneiras, Jaú, Pratânia, Botucatu e Bauru, entre os dias 20 e 24 de fevereiro, sendo assistido e apoiado pessoalmente, durante os quatro dias, pelo Conselheiro Federal do GOB, Milton Paixão.
No dia 20 de fevereiro, segunda feira, fui recebido na Loja “América II”, da cidade de São Manuel, oficina que está prestes a completar 125 anos de fundação, no dia 25 de junho, próximo. Fui honrado com a distinção de ser “Hóspede Oficial”, em decreto assinado pelo prefeito municipal Ricardo Salaro Neto.
Na sessão ritualística, presidida pelo Venerável Mestre Valdeci Antônio Lourenção, foram homenageados os maçons João Domingues, Amando Simões Grossi, Hélio José e Anércio Marco Grava, com as medalhas de Beneméritos, Estrela da Distinção Maçônica e Cruz da Perfeição Maçônica. Visitei e fui recebido por Anércio Marco Grava e pelo Venerável Mestre da Loja “A Luz nos Conduz”, Rui José Mendes. Anércio Grava é fundador e construtor da sede e do templo, afirmando que tudo foi financeiramente assumido por ele.
No dia seguinte, terça feira, fui a Pederneiras, na Loja “Deus e Caridade X”, presidida pelo Venerável Gerson Marcos de Moura Lima, quando também foram homenageados com os títulos de Beneméritos, Grandes Beneméritos, Estrela da Distinção Maçônica, Cruz da Perfeição Maçônica e Comenda D Pedro I, Omar José Gibran, José Araujo Baldi, Nabhi Massud Nachef, Claudinei Sipoli, João Lino da Silva Reghine, José César Napoleão, Ricardo Martini Rodrigues, Roberto Canelada, Wilson Ricardo Fávero, Eduardo Ângelo Pavanato, Antônio Carlos Zanforlin Vieira, Carlos Henrique Carvalho e Fernando Antônio Minguilli, este recebendo a Comenda D Pedro I, maçom avô do prefeito municipal e DeMolay, Vicente Minguilli, eleito no último pleito com 26 anos de idade.
Prosseguindo a caminhada na quarta feira, durante o dia, conheci a Loja “União e Caridade Jauense”, de Jaú, recebido pelo Venerável Mestre José Augusto. Na noite do mesmo dia chegamos à Loja “Pelicano”, de Botucatu, presidida pelo Venerável Carlos Roberto Rizzo, quando esta recebeu o título de Benfeitora da Ordem, juntamente com diplomas e medalhas entregues a Romeu Escolástico Filho, Miguel Jair Svícero, Edison Cardoso dos Santos e José Carlos Viadanna, como Benemérito, Grande Benemérito e Estrela da Distinção Maçônica. Agradeço pela placa recebida e também pelo título de “Hóspede Oficial”, em decreto expedido pelo prefeito Mário Eduardo Pardini Affonseca.
Nesta mesma noite foi homenageado o Secretário Adjunto de Relações Exteriores do GOB, Ruy Hallak. O Primeiro Venerável da Loja, Irmão Edson Cardoso Dos Santos, foi alvo de uma surpresa após o encerramento da sessão, quando o Venerável convidou a todos para o descerramento de uma placa feita por mim e por ele, quando então sob aplausos de todos foi conhecido o nome da biblioteca da Loja, Biblioteca Edson Cardoso dos Santos.
No dia seguinte conheci a Loja “Guia Regeneradora”, sendo recebido pelo Venerável Luiz Antônio Correia, conhecido por Doutor LAC.
Na sequência fui levado pelo Conselheiro Federal Milton Paixão e por Clóvis de Almeida Martins, à cidade de Pratânia, onde visitamos a Casa Cultural – Tonico e Tinoco, vivendo momentos de muita recordação com a história da “Dupla Coração do Brasil”, nascida em Pratânia, quando distrito de São Manuel, que a homenageou com uma praça “Tonico e Tinoco”. Tonico foi maçom ativo e praticante.
No último dia da caminhada fomos recebidos em Bauru, pelo Venerável Mestre Valter Aparecido Gorni, da Loja “Acácia Bauruense”. Concedemos entrevista à Tv Prevê e na sessão fizemos entregas de títulos e comendas de Benemérito da Ordem e Estrela da Distinção aos irmãos Grimaldo Antônio Salotti, Uassi Mogone Júnior, Miguel Jorge Júnior e Nestor Takashi Kobayashi. Muito agradeço pela acolhida e lembranças recebidas.
São Manuel tem este nome homenageando o Santo. Pederneira originou-se de uma pedra dura e pontiaguda usada para fazer fogo ao produzir faíscas no atrito com partes de metal, sobretudo com o ferro. É utilizada desde muito tempo, tanto para peças de artilharia, quanto para espingardas e outras armas, usada há velhos tempos para fogo na “binga”.
O nome Jaú vem do tempo das monções e tem ampla significação na língua Tupi-Guarani-Kaingangue. “Ya-hu” quer dizer peixe guloso, comedor, um grande bagre. Pratânia foi nome dado em alusão a uma grande pedra de cor prata. Terra onde nasceram Tonico e Tinoco.
Botucatu provém do termo tupi ybytukatu, que significa “bons ares, bom vento”. Bauru nome que vem do tupi-guarani, significando “rio banhado”. Mas tem uma presença permanente na culinária brasileira, pois é o nome de um sanduiche que foi criado no restaurante Ponto Chic, em São Paulo, por sugestão de um frequentador chamado Casemiro Pinto Neto, que tinha esse apelido por causa de sua cidade natal, no interior do estado. A receita original era com rosbife, tomate, pepino e mistura de queijos.
Concluo agradecendo ao Conselheiro Federal Milton Paixão que programou esta caminhada, maçom que é presença nas Lojas da região e muito querido por todos.
Renovo também agradecimentos especiais aos Veneráveis Mestres Valdeci Antônio Lourenção, Gerson Marcos de Moura Lima, Carlos Roberto Rizzo, Valter Aparecido Gorni, que me propiciaram em suas Lojas, momentos fraternos, acolhedores e que conheceram as nossas avaliações sobre o Grande Oriente do Brasil, que em junho completará 195 anos.
Conheci várias e importantes ações sociais humanas em apoio às crianças e idosos, patrocinadas pelas Lojas da região e que serão motivo de um artigo especial sobre elas.
Barbosa Nunes, advogado, ex-radialista, membro da AGI, delegado de polícia aposentado, professor e maçom do Grande Oriente do Brasil – barbosanunes@terra.com.br