Assistente Virtual do GOB “GOBOT” é Inspiração para criação de Robô Virtual na Universidade Federal do Ceará.
Ao ter contato com a ferramenta GOBOT, suas funcionalidades e facilidades de interação, o Assessor Especial do GOB, Irmão Leonardo Monteiro, inspirou-se para criar a sua própria versão de um assistente virtual no seu seguimento profissional. O Grande Oriente do Brasil, parabeniza o Irmão Leonardo pela capacidade e expertise, em não deixar a oportunidade de inovar. E ser a inspiração de Inovação, no mundo acadêmico, é por demais gratificante, demonstrando que estamos no caminho certo.
Abaixo a matéria completa da Universidade Federal do Ceará.
O Brasil é um dos líderes no mundo em acidentes fatais com máquinas agrícolas, segundo dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Causados por falta de treinamento no uso dos equipamentos, desatenção do condutor e negligência de normas de segurança, eles ainda são responsáveis pela incapacidade permanente do trabalhador em um a cada três desses eventos ocorridos no campo. Atenta a esse problema, a equipe do Laboratório de Investigação de Acidentes com Máquinas Agrícolas (LIMA) do Departamento de Engenharia Agrícola da Universidade Federal do Ceará desenvolveu um assistente virtual para fornecer informações sobre como prevenir acidentes com máquinas agrícolas.
Chamado de Robolima, o assistente virtual trata-se de um chatbot, programa de computador que simula a conversa com pessoas reais. Tem como público-alvo todas as pessoas que atuam no agronegócio e realizam atividades direta ou indiretamente vinculadas à mecanização, como agrônomos, técnicos agrícolas, operadores e gestores de empreendimentos rurais.
Disponível 24 horas por dia e sete dias da semana nos aplicativos de troca de mensagens para celular WhatsApp e Telegram, o Robolima tem em seu acervo de informações notícias, vídeos, imagens, além de todo o material bibliográfico produzido pelo laboratório em mais de uma década de pesquisas. Com esse arcabouço, torna-se a maior plataforma virtual sobre acidentes com máquinas agrícolas do País.
A ideia para o desenvolvimento do assistente virtual veio como uma inspiração nos tempos de quarentena, relata o Prof. Leonardo Monteiro, organizador da iniciativa e coordenador do LIMA. “Um dia recebi de um amigo um link de um chatbot de uma revenda de máquinas e entrei para conhecer. Era exatamente o que precisávamos. A partir daí foram horas de estudo para aprender as ferramentas de inteligência artificial e criar toda a programação do robô. Todo o processo de criação foi feito com aplicativos gratuitos. O isolamento social ajudou, pois pude dedicar um tempo maior no desenvolvimento”, afirma.
Alunos de graduação e pós-graduação que fazem parte do LIMA também colaboraram com o projeto na indicação de conteúdos para o assistente virtual. Destaca o Prof. Leonardo Monteiro que um dos pontos de maior atenção nessa atividade foi fazer com que a interação parecesse o mais natural e humanizada possível.
“O nosso maior desafio foi fazer com que a interação com o robô acontecesse de forma que o usuário tivesse a impressão de que está conversando com uma pessoa e não com uma máquina. Então, após a saudação de boas-vindas, o Robolima pergunta o nome do usuário e, com isso, passa a conversar chamando sempre a pessoa pelo nome”, comenta.
PESQUISAS – O desconhecimento de como funciona a máquina agrícola e como operá-la é, de acordo com o Prof. Leonardo Monteiro, uma das causas mais frequentes de acidentes no campo. Segundo pesquisas do LIMA, a cada dois dias, acontece um acidente fatal dessa natureza no Brasil. “Acreditamos que esses números são ainda maiores pelo fato da subnotificação e da dificuldade de se obter informação. Nosso banco de dados tem hoje mais de 2 mil acidentes com máquinas catalogados. Proporcionar conhecimento específico sobre todas as tarefas que são executadas no dia a dia com a máquina de forma rápida, prática e precisa é um aliado poderosíssimo no combate e na redução dos acidentes”, comenta.
Além da prevenção de acidentes, a equipe do laboratório pesquisa os efeitos danosos do trabalho com as máquinas, através da quantificação do ruído e vibração emitidos aos operadores, e a ergonomia das plataformas de operação. “Temos uma pista de concreto para ensaio de máquinas semelhante às quais só há outras duas no Brasil, uma na UNESP de Botucatu e outra no Centro de Engenharia Agrícola em Jundiaí. E estamos construindo outra pista para medir a vibração em máquinas”, enfatiza o coordenador.
Fonte: Prof. Leonardo Monteiro, do Laboratório de Investigação de Acidentes com Máquinas Agrícolas (LIMA) – e-mail: aiveca@ufc.brVc: FacebookTwitter
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