Nas duas últimas semanas, período entre 22 de maio e 03 de junho, fui submetido a fortes emoções. Desenvolvendo a missão de andar pelo Brasil, conclamo os maçons para uma caminhada por harmonizar, inovar e crescer o Grande Oriente do Brasil, que completará 195 anos em 17 de junho. Andei por onde andou e nasceu meu pai, Juvenal Nunes Barbosa, na cidade de Ituverava, São Paulo. Na sequência estive em Jaboticabal, Artur Nogueira e Belo Horizonte.
Saudades do meu pai e de minha mãe, que em 1935, junto com seus familiares vieram para o sertão de Goiás, cuja estrada de ferro tinha ponto final na cidade de Leopoldo de Bulhões. Dali para a região onde nasci, cidade de Itauçu.
Tocado por estes momentos chegou a mim uma notícia que fez o chão sumir. Minha companheira, Vera Lúcia Brandão Barbosa, havia sofrido um AVC isquêmico, que se dá quando há uma obstrução da artéria, impedindo a passagem de oxigênio para as células cerebrais. A diferença do AVC isquêmico para o AVC hemorrágico é o que segundo decorre do rompimento de um vaso, e não de seu entupimento. A obstrução da artéria pode acontecer por um trombo, que é um coágulo de sangue que se forma na parede do vaso sanguíneo, ou por um êmbolo, que nada mais é do que um trombo que se desloca pela corrente sanguínea até ficar preso em um vaso sanguíneo menor que sua extensão.
Então, graças a Deus, não houve hemorragia. Mas de longe, o que fazer?
Fiquei sem ação. Mas, de imediato, veio a mim a inspiração do Grande Arquiteto do Universo, para tentar contato com o irmão maçom, amigo e médico, Antônio Leite. De pronto providenciou contato com a Clínica Santa Mônica e encaminhada, Vera Lúcia ali chegou, quando já a aguardava a equipe do médico especialista, Francisco Antônio Dias Azeredo Bastos. Uma semana de intenso tratamento especializado e submetida a exames específicos.
Nesta data em que aqui semanalmente produzo o artigo, veículo de nossos encontros semanais, Vera Lúcia já se encontra em nossa casa, com os sinais vitais preservados, de mãos, braços, pernas, memória e fala atingida parcialmente, o que a obrigará, como já está fazendo, um tratamento com fonoaudiólogo e fisioterapeuta.
Emocionante foi a sua chegada na clinica, recebida por uma equipe de vários médicos, tendo à frente, Francisco Azeredo. Mais emocionante, foi quando ela recebeu alta, pela mesma equipe e com o médico pessoalmente no apartamento em que se encontrava.
Então, busco agora a etimologia da palavra “gratidão”. Palavra que deriva do latim gratus, tanto “agradável” como “agradecido”.
É um sentimento de reconhecimento, uma emoção por saber que uma pessoa fez uma boa ação, um auxílio, em favor de outra. É querer agradecer a outra pessoa por ter feito algo muito benéfico para ela.
Gratidão é uma emoção, que envolve um sentimento de dívida emotiva em direção de outra pessoa; frequentemente acompanhado por um desejo de agradecê-lo, ou devolver um favor que fizeram por você. Num contexto cristão, gratidão também pode referir-se a um sentimento de dívida em direção de uma divindade.
Envio do livro Fonte Viva, psicografia de Chico Xavier, pelo espírito de Emmanuel, o texto “Aprendamos agradecer”.
“Saibamos agradecer as dádivas que o Senhor nos concede cada dia: a largueza da vida; o ar abundante; a graça da locomoção; a faculdade do raciocínio; a fulguração da idéia; a alegria de ver; o prazer de ouvir; o tesouro da palavra; o privilégio do trabalho; o dom de aprender; a mesa que nos serve; o pão que nos alimenta; o pano que nos veste; as mãos desconhecidas que se entrelaçam no esforço de suprir-nos a refeição e o agasalho; os benfeitores anônimos que nos transmitem a riqueza do conhecimento; a conversação do amigo; o aconchego do lar; o doce dever da família; o contentamento de construir para o futuro; a renovação das próprias forças…”
Curvo-me e agradeço em nome de nossa família pela corrente formada em favor de minha companheira, Vera Lúcia. Mensagens as centenas, pessoais, de voz, telefonemas, por e-mails e orações que nos consolaram. Agora ela vai se submeter aos cuidados específicos para sua total recuperação.
Meu sentimento ao concluir este artigo é de profunda e incalculável gratidão. Tenho com todos vocês, irmãos, cunhadas, sobrinhos e amigos, uma dívida impagável, compromisso em retribuir com orações.
Barbosa Nunes, advogado, ex–radialista, membro da AGI, delegado de polícia aposentado, professor e maçom do Grande Oriente do Brasil – barbosanunes@terra.com.br