Artigo 210, do Sapientíssimo irmão Barbosa Nunes
Meu estado de espírito no momento é de preocupação e desencanto, porém não me deixo ser invadido pelo pessimismo. Retempero-me no otimismo e creio firmemente que esta avalanche de irregularidades, corrupção, violência e exercício do poder que está corrompendo nossa sociedade, terá fim um dia. Para me reabastecer nas minhas convicções, como alerta, busco nos textos espíritas de Allan Kardec, um parágrafo para minha reflexão, sobre “Livre-Arbítrio”.
Diz o fundador da Doutrina Espírita, “A questão do livre arbítrio se pode resumir assim: o homem não é fatalmente levado ao mal. Os atos que pratica não foram previamente determinados. Os crimes que comete não resultam de uma sentença do destino. Ele pode, por prova e por expiação, escolher uma existência em que seja arrastado ao crime, quer pelo meio onde se ache colocado, quer pelas circunstâncias que sobrevenham, mas será sempre livre de agir ou não agir. Assim o livre arbítrio existe para ele, ao fazer a escolha das existências das provas e, como encarnado, na faculdade de ceder ou de resistir aos arrastamentos”.
Nesta linha de pensamento transcrevo a frase: “Um poder que se serve, em vez de servir, é um poder que não serve” , e conto a história narrada por Mário Sérgio Cortela no livro “Qual é a tua obra?”, Editora Vozes:
“Os romanos da Antiguidade tinham um hábito muito importante. Todas as vezes que um general, voltando de uma dura batalha com uma retumbante vitória, entrava na cidade de Roma e tinha que deixar o exército do lado de fora, subindo numa biga, conduzida por um escravo. O general ia em direção ao Senado e por lei, um segundo escravo acompanhava a biga a pé, biga aquele carro de combate com dois cavalos. A cada quinhentas jardas, o escravo subia na biga e soprava no ouvido do general a seguinte frase: “Lembra-te que és mortal.” Já imaginou, tem gente que precisaria de alguém com cargo e função que, ao menos uma vez por semana grudasse nele e dissesse: “Lembra-te que és mortal.”
Isso serve para nós, humanos, que muitas vezes nos orgulhamos de um poder estranho, o poder sobre a natureza, o de domar os rios, o de construir, o poder sobre as pessoas.”
Fazendo reflexão sobre o “livre arbítrio”, “poder”, figuradamente quem não entendeu ou não entende o que seja livre arbítrio e exercício do poder, vai ter uma trajetória em que não foi o motorista da sua própria vida. E aí me valho do livro “O Ônibus da Energia”, de Jon Gordon, Editora Sextante, que ao criar 10 regras para abastecer seu trabalho e sua vida de energia positiva, nos oferece mudança do foco do pensamento negativo para o positivo, com a energia ficando 10 vezes maior. Precisamos de muita energia neste momento. Energia advinda das forças das águas e energia espiritual que não permita o nosso desencantamento.
Convido as amigas e amigos de todos os sábados para uma longa caminhada, com as seguintes regras estabelecidas:
Regra 1: Você é o motorista do seu ônibus, a regra mais importante, porque, se você não assumir a responsabilidade pela sua vida, se não assumir o controle do seu ônibus, não poderá levá-lo aonde quer.
Regra 2: Desejo, visão e foco levam seu ônibus na direção certa. Pense na sua visão por 10 minutos todos os dias e se imagine criando tudo aquilo que pensou, pois o pensamento é carregado de energia. Por isso é importante você se concentrar no que quer e não no que não quer.
Regra 3: Abasteça seu ônibus com energia positiva: Todos os dias, quando olhamos para a bomba de combustível da vida, podemos escolher entre os dois tipos de energia. A positiva é uma gasolina de alto desempenho, a melhor para nossa viagem, enquanto a negativa não faz outra coisa além de sujar nosso motor.
Regra 4: Convide as pessoas a embarcar em seu ônibus e compartilhe com elas a visão que você tem do caminho a sua frente. Lembre-se de que é você quem está guiando o ônibus. Mas enquanto dirige, vá convidando as pessoas a embarcar. O máximo que pode acontecer é elas recusarem seu convite. Quanto mais gente você apanhar ao longo do caminho, maior será a energia durante a viagem, trata-se de um ônibus da energia, estando em constante expansão, sempre cabendo mais gente.
Regra 5: Não desperdice energia com quem não embarcou no seu ônibus. Todo mundo tem de fazer suas próprias escolhas, inclusive você. Não gaste sua energia reclamando de quem não quis entrar no seu ônibus. Talvez o destino dessas pessoas seja entrar em outro ônibus. Se entrassem no seu, poderiam até arruinar a sua viagem.
Regra 6: Cole em seu ônibus um cartaz dizendo: proibida entrada de vampiros da energia. Você precisa ser forte para dizes às pessoas que não vai admitir qualquer tipo de negatividade no seu ônibus. Tem de deixar claro que, para chegar ao seu destino precisa de uma equipe positiva e disposta a lhe dar apoio e que as pessoas negativas serão expulsas do ônibus ou largadas na estação. Afinal, há pessoas que aumentam nossa energia e outras que as sugam. São os vampiros da energia. Se você deixar, elas vão sugar sua vida, seus objetivos e sua visão. Os vampiros causam vazamentos no motor, tornam a viagem um inferno e às vezes furam os pneus de propósito.
Regra 7: O entusiasmo atrai mais passageiros e lhes dá energia durante a viagem. Quando vivemos e trabalhamos com entusiasmo, trazemos energia divina e poderosa para tudo que fazemos e as pessoas notam isso. Elas veem e sentem e, quando percebem essa vibração, querem subir no nosso ônibus. Captam a energia e vão logo dizendo: Quero ir nessa viagem também!
Regra 8: Ame seus passageiros. O entusiasmo é importante, mas o amor é fundamental. Se quiser extrair todo poder do seu coração e liderar com energia positiva e contagiante, tem de amar seus passageiros, com as 5 maneiras de amá-los. 1 – Arrume tempo para eles; 2 -Ouça o que eles tem a dizer; 3 – Demonstre reconhecimento; 4 – Coloque-se a serviço deles; 5 – Extraia o que eles tem de melhor.
Regra 9: Dirija com propósito. O propósito é o principal combustível da nossa viagem pela vida. Quando dirigimos com propósito não ficamos cansados, nem aborrecidos e nosso motor não pifa.
Regra 10: Divirta-se a aproveite a viagem. Ninguém está livre do ponto final. Todos nós estamos indo para lá. Mas o importante é o tanto que conseguimos nos divertir durante a viagem. O melhor que temos a fazer é aproveitar ao máximo nossa jornada. Muita gente acha que vai viver para sempre. Muitas pessoas passam a vida inteira acumulando riqueza, posses e poder, mas depois quando o ônibus chega ao ponto final, elas têm de deixar tudo para trás. Não dá para levar nada.
Com os meus cumprimentos aos que puderem refletir sobre “livre arbítrio, poder” e que participaram desta “viagem” junto comigo, concluo com o parágrafo final de Jon Gordon: “Sobretudo eu gostaria de agradecer a Deus. Obrigado pelos sinais que me apontam o caminho. Obrigado pela dádiva de Jesus. Vosso Santo Espírito me iluminou permanentemente enquanto eu escrevia este livro. Somos os motoristas supremos destes nossos “Ônibus da Energia”.
Sem desistir do otimismo e esperança, boa viagem para todos nós.