Artigo 326 do irmão Barbosa Nunes
Agradeço ao Mestre dos Mestres, Divino Jesus, a oportunidade que o Diário da Manhã, neste Caderno Opinião Pública, me concede no enriquecimento que aumento cada semana, encontrando e me reencontrando com seres humanos que já fazem parte da minha vida, ao longo de 6 anos e 326 artigos, desde 5 de fevereiro de 2011. Busco introduzir palavra calma, levando calma na maneira de agir, com espírito calmo. Assim, formei uma família com qualificados leitores, concordando, ora discordando, do que aqui exposto, mas sempre com o interesse de mutuamente fazer novos progressos fraternos.
E neste 326, veio-me a inspiração, através do livro que estou relendo, “O Pensamento Vivo de Buda”, Editora Martin Claret, de buscar alento e conforto na figura de Siddhartha Gautama, o Buda, nascido no século VI a.C., provavelmente no ano 556, no sopé do Himalaia, em território do atual Nepal. Morreu aos 80 anos e seu corpo foi cremado.
À época, um homem chamado Siddhartha Gautama começou a virar a cabeça da população, com sua profunda sabedoria espiritual. Ele recebeu o nome de “Buda”, que significa literalmente, “o iluminado”, e até os dias de hoje, nos chega muito de seus ensinamentos.
Curiosamente, Buda nunca escreveu qualquer um dos seus ensinamentos. Nada deixou escrito. Foram meramente verbais e ficaram na memória de seus discípulos, que os foram transmitindo oralmente, quer por repetição, quer por recitação nos diversos mosteiros da índia. Semelhante a Jesus e Sócrates, o seu método de ensino era verbal e comunicativo.
As tradições orais mantiveram a sabedoria de Buda viva até 400 anos após sua morte, quando então a primeira transcrição surgiu em citações que transformaram a vida de muitos pelo mundo inteiro. Algumas delas, em minha meditação produzindo este artigo, registro para que juntos, prezados amigos a amigas, possamos refletir.
“Mesmo que você leia muitas escrituras sagradas e mesmo que você fale muito sobre elas, o que de bom elas podem fazer por você se não agir sobre isto?
“O caminho não está no céu. O caminho está no coração”.
“Todo ser humano é o autor da sua própria saúde ou da doença.”
“Para compreender tudo é preciso perdoar tudo”
“Melhor do que mil palavras ocas, é uma palavra que traga a paz.”
“Quaisquer palavras que pronunciamos, devem ser escolhidas com cuidado porque as pessoas ouvem e são influenciadas por elas, para o bem ou para o mal”.
“Ninguém nos salva a não ser nós mesmos. Ninguém pode e ninguém consegue. Nós mesmos devemos percorrer o caminho”.
“É no momento de uma polêmica em que sentimos raiva, já deixamos de lutar pela verdade e começamos a brigar com nós mesmos”.
“No Céu, não há distinção entre Oriente e Ocidente; as pessoas criam distinções dentro de suas próprias mentes e depois acreditam nelas como verdade”.
“Aqueles que estão livres de pensamentos rancorosos certamente encontram a paz”.
“O ódio não cessa pelo ódio em nenhum momento. O ódio cessa com o amor. Esta é uma lei inalterável”.
“É fácil ver os defeitos dos outros, mas é difícil ver nossas própria falhas. Aquele que mostra os defeitos dos outros é como alguém que joga palha ao vento, mas encobre as próprias falhas como um jogador astuto quando esconde seus dados“.
“Eu nunca vejo o que tem sido feito; eu só vejo o que resta a ser feito”. “A mente é tudo. O que você pensa, você se torna”.
“Somos moldados por nossos pensamentos; nós nos tornamos aquilo que pensamos. Quando a mente é pura, a alegria segue como uma sombra que nunca vai embora”. “Conquistar a si mesmo é uma tarefa maior do que conquistar outros”.
Concluo este artigo extremamente sintético, produzido sobre a extensa vida de Buda, motivo de milhares de obras e estudos a respeito de sua sabedoria, registrando uma citação muito própria para a diversidade religiosa atual, quando desencontros pesados acontecem entre religiões. Buda assim falou:
“Todas as seitas propõem a sujeição do sentido e a pureza da alma. O bem é a medula de todas as seitas. Este desenvolvimento da essência de todas as seitas pode-se fazer de muitas maneiras. Mas todas tem uma raiz, que é vigiar a linguagem e não celebrar a sua comunidade depreciando as outras. Deve-se, pelo contrário, prestar as outras seitas as homenagens que lhes são adequadas, e isso em qualquer circunstância. Quem quer que assim proceda, faz prosperar a sua seita e se torna útil às outras. Que todos desejam ouvir e aprender o Bem uns com os outros”.
Barbosa Nunes, advogado, ex–radialista, membro da AGI, delegado de polícia aposentado, professor e maçom do Grande Oriente do Brasil – barbosanunes@terra.com.br