As eleições de 2024 mostraram que o extremismo não encontrou espaço na agenda democrática brasileira. As urnas deram um recado claro: o derretimento da esquerda e da direita extremistas demonstra que, acima das convicções políticas, o que o eleitor realmente valoriza é o diálogo, o respeito aos direitos e um compromisso com o bem-estar coletivo. Governar exige ouvir e cuidar de todos, e essa consciência é fundamental para quem aspira a um cargo público.
É importante refletir sobre o papel do nosso voto. Avaliar como os candidatos se comportaram em relação aos seus opositores é um passo essencial para tomar uma decisão responsável. Muitas vezes, somos levados a aplaudir a agressão verbal, o oportunismo em momentos de dificuldade alheia, as fake news e os ataques pessoais. No entanto, lembre-se de que um candidato que usa esses métodos contra o adversário na campanha, provavelmente os usará também contra o cidadão que ousar discordar de seu governo. A postura de um candidato revela sua essência, e ao se tornar governante, ele poderá tratar a população da mesma forma que tratou seus opositores. Por isso, é importante olhar com atenção e ponderação, evitando idealizar políticos que, com atitudes agressivas, parecem responder aos nossos anseios de forma simplista.
Quando analisamos os resultados dessas eleições para o executivo, fica claro que houve uma preferência pelos candidatos de centro-direita e centro-esquerda, com poucos representantes de extremos alcançando vitórias. No entanto, o processo democrático também assegura que todas as vozes sejam representadas, e essas correntes ideológicas encontraram espaço no legislativo, onde as diversas visões são contempladas.
Pessoalmente, considero que o resultado foi positivo. Aos poucos, percebo que as famílias brasileiras voltam a avaliar suas escolhas de forma mais centrada e serena. Contudo, vale ressaltar a preocupação com o aumento da abstenção. Muitos deixaram de acreditar na política e no poder de seu voto. Isso é ruim para o Brasil, pois quem não participa do processo eleitoral também será governado, mas sem ter exercido sua parte no direito democrático de escolha. Para esses, reclamar depois não trará a mesma legitimidade.
Vamos aguardar e torcer para que os eleitos cumpram seus compromissos e respeitem os princípios do nosso país e as promessas feitas ao povo. O futuro de nossa nação depende do compromisso de todos.
Fraternal abraço,
Arlindo Chapetta