Insensatez é loucura, falta de juízo, imprudência. Parábola é uma narrativa curta que, mediante o emprego de linguagem figurada, transmite um conteúdo moral. Toda parábola traz o símbolo material e o espiritual. O material, tirado da natureza ou da sociedade humana, mas a compreensão do espiritual depende do estado de evolução de cada um.
Quando a sociedade brasileira assiste um novo tempo de moralização que estamos vivendo, podemos com facilidade chegar a conclusão de que estes homens públicos que já afirmaram tanto ser representantes, sobretudo, das classes mais carentes, na verdade, os são das classes abastadas, privilegiadas e dos seus interesses particulares.
Homens que foram e muitos que ainda são e estão escondidos, poderosos materialmente. Conhecendo os seus atos no submundo de suas práticas, não há outra qualificação. São loucos, não têm juízo, imprudentes. Homens que não tem Deus no coração. Homens que se vivessem em outras culturas, sofreriam penas mais duras. Homens que foram causas de mortes de crianças, de adultos e de idosos, retirando, como no Rio de Janeiro, as possibilidades de vida para o ser humano.
Por isto, neste artigo em que me valho do livro estou lendo, intitulado “Sabedoria das Parábolas”, de Humberto Rohdem, Editora Martin Claret, para afirmar que estes homens estão na escuridão, vivem na escuridão e nada sabem da luz. Antes em períodos de fantasias, de ilusões, de poder material. Hoje, em pequenos cubículos e com a consciência a lhes condenar, se tiverem consciência! Com eles não há beleza, alegria, tudo é morto. Rejeitados, com prisões comemoradas. Em suas imagens tudo é feio. Não estão em paz.
Não ficarão em paz, pois a verdadeira paz, coisa mais dinâmica e realizadora do mundo, tem afinidade com o interior de cada um. Esta falta de paz, que lhes trouxe desgraça, provem exclusivamente de suas ganâncias que colocou em um altar os seus “egos” e não seus “eus”. Foram e são inimigos de sua parte interna e espiritual. Levaram e levam suas honras, seus familiares a uma situação de vergonha.
Estes homens não construíram suas casas, suas vidas em terreno sólido, sobre rochas, se enlamearam construindo-as em terreno frágil. Desmoronam e desmoronaram seus fictícios palácios, contendo em seus interiores cofres cheios de dinheiro desonesto. Uma das parábolas de Cristo, bastaria para a reflexão dos insensatos políticos de hoje.
“Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as pratica é como um homem prudente que construiu a sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram contra aquela casa, e ela não caiu, porque tinha seus alicerces na rocha.
Mas quem ouve estas minhas palavras e não as pratica é como um insensato que construiu a sua casa sobre a areia. Caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram contra aquela casa, e ela caiu. E foi grande a sua queda”.
Quero então registrar o maior e mais significativo discurso, considerado a parábola sinalizadora para uma reflexão que estes homens não tiveram.
O “Sermão da Montanha”. Discurso de Jesus Cristo que pode ser lido no Evangelho de Mateus e no Evangelho de Lucas. Neste discurso, Jesus Cristo profere lições de conduta e moral, ditando os princípios que normatizam e orientam a verdadeira vida cristã, uma vida que conduz a humanidade ao Reino de Deus e que põe em prática a vontade de Deus, que leva à verdadeira libertação do homem. Este discurso pode ser considerado por isso como um resumo dos ensinamentos de Jesus a respeito do Reino de Deus.
“E Jesus, vendo a multidão, subiu a um monte, e, assentando-se, aproximaram-se dele os seus discípulos; E, abrindo a sua boca, os ensinava, dizendo: Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus; Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados; Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos; Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia; Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus; Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus; Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós “.
Concluindo com a declaração de Mahatma Gandhi, que não era cristão, sobre o “Sermão da Montanha”.
“Quando nos unirmos com base nos ensinamentos de Cristo no Sermão da Montanha, teremos solucionado os problemas, não só de nossos países, mas do mundo inteiro”.
Barbosa Nunes, advogado, ex-radialista, membro da AGI, delegado de polícia aposentado, professor e maçom do Grande Oriente do Brasil – barbosanunes@terra.com.br